terça-feira, setembro 22, 2009


Aproveiramento da garrafa pet.

http://www.youtube.com/watch?v=SqH06mSzq2c

Trabalhos desenvolvidos com garrafas pet, muito interessante este vídeo, pois mostra quanta coisa podemos fazer com as garrafas pets.
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quarta-feira, setembro 09, 2009


ENEM

Essas informações são muito importantes para todos nós, pois trabalhalhos com jovens. Informá-los é nossa obrigação.

set/2009

Cartilha do Aluno – ENEM
O ENEM ocorre no mês de outubro nos dias 3 e 4 e para você se preparar e tirar dúvidas, preparamos esta matéria com algumas perguntas e respostas que fazem parte da Cartilha do Aluno ENEM 2009.
1- Como é o novo Enem?É um exame composto por redação e quatro provas objetivas, cada uma delas com 45 questões:
- Linguagens, códigos e suas tecnologias;- Ciências humanas e suas tecnologias;- Ciências da natureza e suas tecnologias.
Será realizado em dois dias, 3 e 4 de outubro (sábado e domingo), simultaneamente, em 1.826 municípios brasileiros. Ao fazer sua inscrição, você escolheu a cidade onde fará a prova.
2 – Por que fazer o Enem 2009?
- Para concorrer a uma vaga nas instituições de educação superior (IES), públicas ou privadas, que adotaram o exame como ferramenta de seleção.- Para concorrer a uma vaga em nível superior pelo ProUni, o Programa Universidade para Todos, que fornece bolsas de estudos em instituições privadas a estudantes que atendem às exigências socioeconômicas.- Para alcançar a certificação no Ensino Médio.- Para concorrer a uma vaga no mundo do trabalho.- Para fazer uma auto avaliação.
3 – Para fazer o Enem o interessado já deve ter decidido o curso ou instituição onde pretende prestar o vestibular?
Não, Só quando for fazer a inscrição para o processo seletivo é que o aluno decide a qual curso que concorrer e em que instituição.
4 – Quais instituições de educação superior irão utilizar as notas do Enem e de que forma?
A lista de IES que utilizarão o Enem como critério de seleção está disponível no portal do MEC (www.mec.gov.br).
Algumas instituições irão utilizar o enem como parte do processo seletivo. Outras irão utilizá-lo como critério único. Essas últimas comporão o Sistema de Seleção Unificada.
5- Se a instituição escolhida for usar a nota do Enem como parte do critério de seleção, como o participante deve proceder?
A instituição deverá decidir e publicar as regras de inscrição e participação em seus editais de seleção.
Ao fazer sua inscrição ao vestibular, informe que fez o Enem e forneça seu número de inscrição do Enem.
6 – Como será a inscrição ao Sistema de Seleção Unificada?
Essa inscrição será feita pela internet, no portal do MEC. As datas serão divulgadas.
Cada candidato poderá concorrer a cinco cursos ou instituições, mas apenas naquelas universidades que adotarem o Enem como única forma de ingresso. Nesse sistema, as universidades informarão quantas vagas têm disponíveis para cada curso, e qual o peso que cada uma das grandes áreas de conhecimento terá na nota final. O participante do Enem 2009 se inscreve no sistema, que calculará sua nota final já com os pesos estabelecidos, e poderá simular inscrição em até cinco cursos ou instituições, durante todo período que o sistema estiver disponível na internet , inclusive fazendo alterações. Ou seja, se ele constatar que naquele curso da universidade onde está pleiteando uma vaga há 50 vagas disponíveis, mas têm 50 pessoas com nota maior que a dele, é melhor procurar outra para escolher como primeira alternativa.
7 - As universidades são obrigadas a utilizar o novo Enem de alguma forma?
Não. As universidades têm total autonomia para escolher qual é a ferramenta de seleção para acesso a seus cursos.
8 – E quem deseja concorrer a uma vaga pelo ProUni?
Não houve nenhuma mudança com relação aos anos anteriores. Os estudantes que quiser participar do ProUni fará sua inscrição, assim que elas forem abertas, no Portal do MEC. O sistema é bem parecido com o Sistema de Seleção Unificado, só que as IES participantes são todas privadas – mas as vagas do ProUni são bolsas integrais ou parciais.
9 – Posso me inscrever no proUni e no Sistema de Seleção Unificada?
Sim, não há qualquer impedimento. Mas lembre-se: só pode concorrer a uma bolsa pelo ProUni aqueles jovens que fizeram todo o ensino médio em escola pública e cuja renda familiar não ultrapasse três salários mínimos por pessoa.
10 - Se meu interesse no Enem é ter certificado de conclusão do Ensino Médio, como devo proceder?
Em primeiro lugar, você deve ter pelo menos 18 anos no dia 3 de outubro de 2009. Atendida essa exigência, você pode se preparar em casa, com amigos, em cursinhos, estudar o conteúdo do Ensino Médio e fazer a prova do Enem. Se alcançar a nota mínima exigida em todas as áreas de conhecimento, receberá seu diploma de conclusão do Ensino Médio. E, se desejar, com essa mesma nota poderá concorrer a uma vaga em um curso superior.
11 - É possível mudar meu local de prova?
Não. O local de prova não pode ser mudado sob nenhuma alegação, e o município escolhido no ato da inscrição não poderá ser alterado em nenhuma hipótese. Quaisquer outras dúvidas e/ou informações, favor escrever diretamente para o Enem (enem@inep.gov.br).
12 - Que dia será aplicada a prova e qual será o tempo de duração?
O Enem será aplicado nos dias 3 e 4 de outubro (sábado e domingo). No primeiro dia serão quatro horas e meia. No segundo dia, serão cinco horas e meia de prova.
No dia 03/10/2009 (sábado), das 13h às 17h30, serão aplicadas as provas de Ciências da Natureza e suas Tecnologias, cada uma delas com 45 questões.
No dia 04/10/2009 (domingo), das 13h às 18h30, serão aplicadas as provas de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias; e Matemática e suas tecnologias, cada uma delas com 45 questões. Nesse dia será feita também uma redação.
Atenção
As pessoas que apresentam necessidades educacional especiais e que por esse motivo necessitam de ledor ou outro apoio para a realização do exame terão uma hora a mais para fazer a prova, desde que tenham declarado essa necessidade especial no ato da inscrição.
13 – O que fazer no dia da prova?
Chegue ao seu local de prova com 1h de antecedência. Os portões de acesso serão abertos ao meio-dia e fechados rigorosamente às 12h55, não sendo permitida entrada de nenhum inscrito após esse horário. Lembre-se de que a prova começará às 13h, horário de Brasília.
Leve os seguintes documentos e materiais:
- Documento de identidade que tenha foto;- Comprovante de inscrição- Folha de respostas do questionário Socioeconômico devidamente preenchido;- Lápis preto nº2, caneta esferográfica de tinta preta e borracha macia.
Durante a realização das provas, não será admitida qualquer espécie de consulta ou de comunicação entre os participantes, nem a utilização de livros, manuais ou anotações. Tampouco será permitido o uso de máquinas calculadoras e agenda eletrônica ou de qualquer instrumento de comunicação, telefone celular, pager, bip, walkman ou gravador.
Ao terminar a prova, entregue as folhas com as respostas das questões objetivas e a com o desenvolvimento da redação a um dos fiscais da sala. A partir de quatro horas do início da prova, os participantes poderão sair do local do exame, portanto o seu Caderno de Questões. Por motivo de segurança, ninguém poderá se ausentar do recinto de provas antes de decorridas duas horas, no mínimo, do início do Exame.
Não Haverá segunda chamada para a prova, nem sua realização fora da data, horário, cidade e local pré-determinados.
14 - Como proceder no caso de perda ou não recebimento do questionário socioeconômico?
Caso você tenha algum contratempo com seu Questionário Socioeconômico, por favor acesse: www.inep.gov.br/enem, baixe o arquivo, imprima, responda e entregue ao fiscal no dia de sua prova.
O preenchimento do Questionário Socioeconômico não é obrigatório, mas pedimos que não deixe de respondê-lo e entregá-lo, pois é uma oportunidade para demonstrar seus pontos de vista sobre as condições de oferta de ensino que você recebeu e também acrescentar dados importantes sobre a opinião, crenças e valores dos jovens brasileiros sobre várias questões da vida nacional.
15. Como será a prova?
Será composta por testes em quatro áreas de conhecimento:
- Linguagens, códigos e suas tecnologias (incluindo redação);- Ciências humanas e suas tecnologias;- Ciências da natureza e suas tecnologias;- Matemática e suas tecnologias.
Cada grupo de testes será composto por 45 itens de múltipla escolha, aplicados em dois dias.
A redação deverá ser feita em língua portuguesa e estruturada na forma de texto em prosa do tipo dissertativo argumentativo, a partir de um tema de ordem social, científico, cultural ou política.
Atenção: No Manual do Inscrito você poderá ver o conjunto de habilidades exigidas em cada área de conhecimento e os conteúdos específicos do currículo associados a elas.
16 – As questões da prova terão pesos diferentes?
Sim. No cálculo final da nota em cada área, as questões mais difíceis valem mais que as questões menos complexas. E tem outra novidade: a prova não será a mesma para todo participante, haverá oito tipos diferentes. Mas todas as provas terão, no final das contas, a mesma quantidade de questões com diferentes graus de dificuldades.
Explicação técnica: A nova prova do Enem será estruturada na metodologia da Teoria da Resposta ao Item (TRI), que garante a comparabilidade das notas entre diferentes edições a partir da calibração do grau de dificuldade das questões.
16 – Como será a redação e qual seu peso?
A redação deverá ser feita em língua portuguesa e estruturada na forma de texto em prosa do tipo dissertativo-argumentativo, a partir de um tema de ordem social, científica, cultural ou política. Quanto ao peso, as instituições que utilizam as notas do Enem como critério de seleção têm autonomia para definir o peso que darão a cada prova. Já para a seleção ao ProUni, a redação vale 50% da média geral.
17 – Como estudar para o novo Enem? Alunos que já estão se preparando para o vestibular tradicional serão prejudicados?
O novo Enem é estruturado levando em conta os conteúdos do ensino Médio. A inovação é na forma de abordagem desses conteúdos, com foco no conjunto de habilidade que o aluno deve ter ao final do Ensino Médio, e não na mera acumulação de fórmulas e informações desvinculadas da aplicação. Ou seja, uma prova que valoriza mais o raciocínio e não a chamada “decoreba”. Portanto, quem vem se preparando para uma prova tradicional para o novo Enem.
18 – Haverá questões regionais na prova do Enem?
Não. Não serão contempladas questões regionais. O Enem tem caráter e deve garantir iguais condições de participação para estudantes de qualquer lugar do País.
19 - É possível conhecer o tipo de questão do novo Enem?
Sim. O Inep/MEC irá disponibilizar um simulado antes da prova propriamente dita.
20 – A nova prova do Enem vai trazer questões sobre língua estrangeira?
Não. O Enem 2009 não trará questões de língua estrangeira. A partir da próxima edição da prova, que deverá ocorrer em março de 2010, serão incluídas questões de língua estrangeira.
21 – Uma pessoa que não for bem no Enem 2009 terá a chance de fazer outra prova e melhorar a sua nota?
Sim, o aluno pode fazer o Enem quantas vezes quiser, mesmo que tenha concluído o ensino médio já há alguns anos.
22 - Quando sairão os resultados do Enem 2009?
A partir da segunda quinzena de janeiro de 2010, os participantes do Enem 2009 receberão o Boletim Individual de Resultado. As médias serão enviadas via Correios para o endereço indicado na ficha de inscrição.
Na mesma data serão publicados os resultados na página eletrônica do Inep, mas somente poderá consultá-los o candidato que, no ato de inscrição, tiver informado seu número de CPF (não vale o CPF de um dos pais) e tiver cadastrado uma senha de acesso.
Já as instituições de ensino superior que utilizarão o Enem em seus processos seletivos receberão diretamente os resultados das provas de múltipla escolha no dia 4 de dezembro deste ano e o resultado final, incluindo redação, no dia 8 de janeiro de 2010.
23 - O Inep/MEC continuará a divulgar os resultados do Enem por escola?
Sim. Não está prevista nenhuma alteração na divulgação dos resultados dos alunos no Enem por escola.
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terça-feira, setembro 01, 2009


Reflexão

Reflexões sobre a Filosofia no Ensino Médio de uma Escola da rede Estadual em 2007

br.geocities.com/filosofiadeponta/reflexoes-ensinomedio


No momento histórico em que estamos nós brasileiros, em que a preocupação com uma melhor educação parece se tornar corriqueira; em que atitudes estão sendo pensadas e criadas a fim de consolidarem um Brasil melhor onde a cidadania é o objetivo final, nós professores e educadores têm que ficar atentos e não calarmos, mesmo que tenhamos apreensão frente ao já instituído. Principalmente neste momento em que o Mec adota medidas novas como, por exemplo, a de dar autonomia aos diretores das unidades escolares estaduais quanto a avaliação dos professores cuja atuação avaliada será fruto de uma melhor remuneração, neste momento da contemporaneidade, em que a democracia mostra cada vez mais “sua cara”, eu não poderia deixar de relatar minha experiência com isso esperando cooperar, dentro dos meus limites de reflexão com a educação renovada, pretendida pelo MEC e UNESCO através do PDE. Na verdade este relato não é uma reclamação sobre os momentos difíceis que vivenciei e estou vivenciando junto a E.E. Maísa Theodoro da Silva, em São Sebastião, litoral norte de São Paulo, como professora de filosofia do ensino médio desta unidade e agora como ex, e sim uma reflexão a respeito daquilo que pude observar no que diz respeito ao endurecimento de algumas instituições educacionais públicas (como por exemplo, a unidade acima citada e sua correspondente Delegacia de Ensino de Caraguatatuba). De acordo com a minha ótica o papel da escola, entre outras é o de se preocupar com a educação eficaz de seus alunos e pensar no futuro deles como cidadãos independentes e a Delegacia de Ensino, entre outras ocupações administrativas a obrigação de supervisionar eficazmente as instituições escolares, auxiliando de forma democrática os diretores, professores e demais funcionários do Estado a conhecerem as leis e a cumprirem essas leis dentro é claro de tentativas de consenso quando for necessário, quando um mal entendido se estabeleça entre as partes que compõe por sua vez o cenário dentro da instituição escolar. De acordo com as aberturas propostas pelo Mec conjuntamente com a Unesco, a possibilidade de abertura ao novo conforme se apresenta constantemente na tv, Internet, referente ao esforço de elevar o nível de ensino do país na rede pública; ao meu ver é mais do que necessário para que essas novas medidas se instaurem efetivamente, que haja um novo olhar, mais amoroso e humano, por sua vez, dos personagens que atuam dentro da Escola a fim de aceitarem as mudanças e esperarem o melhor com otimismo, trabalho e paciência e não ao contrário, batalharem ferozmente para preservação do “ranço” autoritário, sem reflexão e sem conhecimento do que é o novo, onde a novidade realmente não é bem-vinda e a política que comanda é o interesse particular egocêntrico cuja educação parece estar estacionada, completamente freada, dizendo não encontrar motivações para sair, por causa de salário etc., etc. e a partir daí surgem esquemas errados e viciados e ao mesmo tempo atuantes dentro das escolas e delegacias de ensino e assim são “estabelecidas leis”, leis de atuação porém sem nomes e números que são utilizadas de forma autoritária pela figura do diretor, vice diretor e coordenação, professores, funcionários , delegacia de ensino, na figura dos dirigentes, supervisores escolares, funcionários numa relação de “cumplicidade” em que a verdade está submetida a uma hierarquia em que o novo não é permitido: nada pode mudar, tudo que mude esse estado de coisas é jogado pra fora; falar em democracia ou liberdade de expressão é utopia, jamais se comentam o conteúdo das leis, jamais se discutem a autoridade do diretor, mesmo que seus caprichos e seu egocentrismo estejam em desacordo com as novidades requeridas pelo patrão de todos envolvidos na rede pública ( a federação) ; as leis quando utilizadas de forma inadequada por um diretor passando desapercebido pela delegacia de ensino responsável, no caso a de Caraguatatuba, no meu entender, essas ações desmoralizam o sistema educacional como um todo porque o indivíduo tende naturalmente à generalização, e quanto as leis, penso, que elas existam para serem cumpridas, ou não? Se eu, como professora novata, de uma unidade estadual de ensino médio, sou dispensada irregularmente por um diretor, cuja lei citada para motivo da dispensa não é condizente com a realidade, apesar da insistência do dirigente em querer me provar ao contrário tenha sido grande e efêmera (no sentido de que poucas foram as explicações e grande a ansiedade para que eu assinasse logo o documento), na mesma hora que ele me pedia para tomar ciência da dispensa e eu questionava ,frente a muitos outros professores que com as cabeças baixas em sinal de respeito a figura do diretor e seu pedido assinaram o documento tomando ciência no meu lugar, da minha dispensa cuja lei citada não condizia com a verdade e que eu colocava em questão o conteúdo a fim de simplesmente entender o motivo real. Política “extraordinária” esta de “coação emocional efêmera” utilizada pelo então diretor citado; pois após “finalmente” acreditar que a maioria devia estar certa e eu equivocada acabei por assinar a dispensa e a partir desse dia não mais consegui voltar ao meu antigo posto de professora de filosofia da tal unidade estadual acima citada, porque respeitando a lei e o Estado e seguindo o caminho correto, ou seja, seguindo o bom senso de que eu havia sido dispensada equivocadamente e que naturalmente as coisas iriam ser esclarecidas, fui juntamente com a lei, jogada às traças e no meu lugar entrou como professora de Filosofia a professora de Educação Física; pude jurar já com o coração estraçalhado, quando me dei conta da barbaridade, que eu não ficaria quieta apesar de sentir vontade de “sumir” definitivamente de toda aquela panacéia que eu estava vivendo; acabei por “dar um tempo” para poder entender o absurdo e tomar fôlego para continuar a lutar pela Filosofia, conforme os parâmetros curriculares estabelecidos pelo Estado, e que eu estaria lutando pelos jovens brasileiros e não contra o Estado e sim a favor dele, porque de acordo com a minha ótica, quem mais perdeu foram os alunos, foi a Escola como um todo e foi a educação no Brasil, porque eu sou consciente das minhas atitudes corretas e do meu ideal de colaborar com o ensino referente aos mais carentes deste pais, haja visto meu currículo que prova minha atuação dentro do campo da conscientização para jovens pichadores de São Paulo e para crianças de risco. Dei apenas um pequeno tempo, pois logo sob a orientação da Dra Fabíola, advogada a Apeoesp de Caraguatatuba, enviei pedido de verificação à Escola a fim de apurar o erro cometido pelo diretor. No meu caso, novata, porque não tinha experiência como professora em Escolas públicas, mesmo possuindo mestrado de filosofia . Tudo bem ser aprendiz, válido mesmo, desde que eu possa aprender alguma coisa “proveitosa”, no sentido de elevar o ensino do jovem brasileiro e não o contrário. Minhas dúvidas como aprendiz jamais obtiveram respostas na Escola, muito menos na delegacia de ensino; na primeira a imposição de como eu deveria dar aulas, de como eu deveria ficar quieta e aceitar tudo! (quando eu refletia tentando entender, afinal eu como professora de filosofia, utilizo da reflexão como meio de vida!) quanto a qualquer explicação por mim desejada, como, por exemplo, quando perguntei sobre a formação do Conselho fui praticamente quase expulsa da Escola pelo diretor que me disse aos gritos e com olhar intimador que eu deveria me adaptar senão a coisa poderia ficar preta para o meu lado; fiquei quietíssima e com medo, mas ao mesmo tempo não entendi direito o que ele quis dizer, esperando poder entender melhor com o tempo. Bom até hoje não deu para entender, porque na verdade ele deveria me explicar. Também entendo que ele não goste muito de dar explicações, mas então mesmo ele não sendo professor de filosofia, ele deveria ter o mínimo de educação e entender as diferenças, que eu como novata e professora de filosofia, sentia necessidade de entender o funcionamento da Escola para colaborar com o todo para o bem da própria escola. Sua autoridade não lhe permitiu tamanho rebaixamento, ao meu ver, falta de humildade e sabedoria. Quanto a mim passei a vê-lo (para evitar grandes problemas) como um pai bravo que eu deveria entender e manter um bom relacionamento, até o dia que esse pai aos meus olhos “enlouqueceu”, ou seja, tomou uma atitude irracional cuja causa explicitarei no decorrer desse relato; por outra parte eu esperava o melhor da Delegacia de ensino, vista por mim, de forma abrangente e abstrata, como a boa mãe, protetora do justo (referente às leis verdadeiras e não as impostas por uma política irracional!) e instauradora do bom e harmônico comportamento das partes (diretor, vice-diretor, coordenação, professores, funcionários) que constituem o cenário escolar de cada escola. Dentro desta ótica, ela a Delegacia de ensino, através dos supervisores escolares poderia dar fim ao problema que estava existindo entre mim e o diretor utilizando o consenso e o diálogo possibilitando a paz; muitas foram às vezes que eu fui até lá a fim de pedir ajuda, mas ao invés do diálogo acontecia um monólogo, somente eu falava, as supervisoras pareciam boas, me escutavam com atenção, mas não passava disso, nada era feito e tudo continuava na mesma situação dentro da escola; algumas vezes eu escrevi através de requerimentos à dirigente contando sobre a irracionalidade do diretor que não admitia que eu chamasse os pais dos alunos etc. Lá estão arquivados e eu possuo os protocolos; recebi uma resposta apenas onde a dirigente se referiu ao PPP que dava autonomia para o diretor usar sua política livremente, independente de qualquer tipo de investigação. Pensei: o diretor para a Delegacia não erra nunca? Comecei então a desconfiar e achar que a coisa era séria. Porque ao meu ver qual o problema da livre expressão, de conversar com as partes, de medir o que está certo e o que está errado, e não somente “a amizade por tempo de serviço”. O novo realmente não é aceito pensei...O diretor da unidade acima citada, assim como a dirigente da D.E. de Caraguatatuba não deveriam abusar dos seus poderes, no sentido de não abrirem portas para um maior esclarecimento dos fatos de forma clara entre as partes a fim de também darem abertura ao novo, e porque não deixarem interagir a professora de filosofia que possui um currículo em filosofia, e que pretendeu seguir os parâmetros curriculares? O diretor da Escola citada e a dirigente da D.E. não deveriam se impor frente a mim como autoridades máximas e indiscutíveis, Porque o exercício de suas funções não é de âmbito particular, e sim de âmbito, estadual e federal, porque que todos nós professores, diretores e dirigentes de Escolas de Estado somos empregados do Estado e nossas funções são as de servirmos na educação do jovem brasileiro da melhor forma possível e não na preservação de valores egocêntricos, antigos, cujo medo ao novo impede a abertura daquilo que é melhor para o Brasil atual. Porque não houve uma conversa aberta comigo e com o diretor (aí sim imposta e intermediada pela Delegacia de ensino) a fim de juntos chegarmos a um consenso, porque eu da minha parte estava fazendo o melhor, dando o melhor de mim e não me foi dado o direito de defesa a fim de resolvermos e prosperarmos, pois acredito que se ultrapassarmos os conflitos através da reflexão, sem deixarmos nessas ocasiões o nosso ego falar mais alto,com certeza estaremos construindo algo de verdade, um Brasil melhor, mesmo que num primeiro momento o mundo pareça estar se partindo junto com nossos velhos hábitos; mas se o ranço prospera, a falta de diálogo e comunicação então nada muda. Neste caso, o que mais me parece haver é uma concorrência administrativa de poder, cuja autoridade dos direitos impostos de cima para baixo fica além e acima da possibilidade de um desenvolvimento verdadeiramente educacional da Escola.Foi o que aconteceu na E. E. Maísa Theodoro da Silva: o diretor e vice-diretor logo de início me pareceram abusar de suas autoridades, o 1º explicitamente e o 2º simplesmente apoiando o 1º numa cumplicidade ímpar, o que de acordo com minha observação soou intimidativo, pois sempre considerei importante a austeridade que em 1º instancia é individual, ou seja, cada um com seus próprios pareceres, isso sim e do acordo real a democracia , mas não uma cumplicidade assumida, sem consciência de fato, beirando mais um acordo “de sangue” por ele eu morro, por ele eu mato; me constrangeu essa situação, pois eu pensava na Escola com uma direção em que as partes constituiriam o todo de forma a um trabalho em conjunto, porém austero, visando o benefício de uma boa educação para os seus alunos. Na 1ª reunião pude constatar com a escolha dos professores que constituiriam o Conselho cujo feitio de maneira rápida e obscura fez com que eu como novata fosse deixada “a ver navios”, sem entender o que estava acontecendo de fato, ou seja, até onde eu poderia participar ou não; nem mesmo tive quem me atendesse em minhas tímidas tentativas de questionar a respeito do que acontecia, o vice-diretor virou-me o rosto com ar arrogante e de censura quando a ele me dirigi a fim de “pedir socorro”, e quando finalmente tomei coragem e levantei a mão, a reunião foi dada como acabada e todos se levantaram, a votação havia terminado e eu achei que tudo devia estar certo e como os outros fui rapidamente embora; no dia seguinte houve nova reunião e nesse dia mais decidida a participar, logo de início levantei a mão, antes que as primeiras pautas fossem abertas, e sorridente perguntei ao diretor sobre a votação do dia anterior, o que a coordenadora respondeu-me apressadamente que se tratava do Conselho então retornei ao diretor e lhe perguntei se eu poderia ter participado caso quisesse, para fazer parte do Conselho, apesar de logicamente eu não ter como novata essa pretensão, pois era claro e notório que as decisões eram entre a direção e os professores antigos, por isso perguntei timidamente; qual não foi minha surpresa que o diretor na frente de todos me deu uma bronca daquelas, como se eu tivesse perguntado algo pecaminoso, proibido mesmo; disse-me que eu deveria me adaptar a escola senão a coisa iria ficar preta para o meu lado e eu de boca aberta quase chorando, naquele momento não pude realmente lutar a favor da reflexão democrática: perdi as forças e se eu fosse falar algo seria também na base do grito, resolvi então calar. Mais tarde fiquei sabendo que o Conselho era formado por aqueles que se davam bem com o diretor e sua política de intimidação, pude constatar isto durante os meses que lá dei aula. Pude observar que o “novo”, ou a novidade não é aceita de forma nenhuma; na verdade eu com minha postura de professora de filosofia e também artista plástica que sou, tenho como princípio de vida, o novo, a criatividade, a contemporaneidade e tudo o que ela abarca e no Brasil, nas escolas públicas, na educação como um todo o que ocorre é a democracia, é a abertura para o novo, mas para “ele” não, o novo é perigoso, incomoda; o que vale é o tempo de serviço; é claro que possuem exceções , como em tudo, mas é a minoria; a mentalidade geral, ao meu ver, é a acomodação ao que já é ultrapassado, mesmo que essa maneira ultrapassada não dê resultados não têm importância, porque não existem objetivos realmente, existe sim o ranço, a vivência diária estabelecida da maneira habitual, como sempre foi a espera de melhores dias ou melhores salários, sem uma interdisciplinaridade de fato, com raras exceções (que são geralmente os novos), mais parece haver uma competição velada entre todos, como se quisessem esconder para si mesmos as suas melhores habilidades, numa desconfiança nas relações, com medo de serem pegos em atitudes erradas que no meu entender seriam apenas atitudes independentes e austeras, porque reprimi-las, talvez por medo de perderem seu ganha pão, tão suado, eu que bem sei, pobres professores! Outro fato contraditório e ao meu ver em desacordo com a livre cátedra era como as aulas de filosofia deveriam ser ministradas segundo a direção e coordenação: exigiam que eu modificasse o conteúdo, que por sua vez, seguia os parâmetros curriculares da filosofia para ensino médio estabelecidos pelo Mec, ao contrário a coordenação me “orientava” a utilizar o programa do ex-professor de filosofia, que conforme minha ótica nada tinha a ver com os parâmetros estabelecidos por lei, simplificando de maneira tal o conteúdo ministrado por mim aos alunos, que me indignava, por isso eu conversava muito, principalmente com a coordenadora, que sempre me abordava com muita ansiedade e medo, exigindo que eu não elevasse o nível de ensino, pois os alunos em sua opinião não iriam acompanhar, no entanto eu sabia o que estava fazendo, pois eu percebia paulatinamente que nossas conversas (minhas e dos alunos) em classe melhoravam e o grau de reflexão e mesmo o ânimo e interesse dos alunos pela matéria de Filosofia aumentavam.A autoridade exercida pelo diretor e coordenadora chegou a extremos muitas vezes, exemplo quando a coordenadora entrando na classe, com a desculpa de estar me ajudando com a indisciplina dos alunos (Porque muitas vezes ela realmente me ajudou a meu pedido, inclusive o fato de eu pedir ajuda a coordenação em momentos de extrema indisciplina, foi fato de rebaixamento a minha pessoa, segundo um dos técnicos da oficina pedagógica da D.E, pois segundo sua opinião o professor deve ser auto suficiente e se virar com os alunos sozinho, algo ao meu ver bem questionável porque num estado de coisas assim como se encontra a indisciplina dos alunos de escola estadual é necessário a participação da direção como um todo para ensinar o aluno a obter uma postura adequada frente sua condição de aluno, a saber respeitar a escola e tudo que ela contem, o que não é uma tarefa fácil; e mesmo, ao meu ver, é favorável o auxílio dos pais dos alunos, o que também não é fácil, porque eles geralmente não entendem muito bem o que se passa, em sua maior parte são pessoas simples e humildes , mas que interagem sim se forem chamados a escola e colocados a par dos acontecimentos referentes aos seus filhos e o que ao meu ver é extremamente salutar para os alunos, professores e para a escola ; eu no entanto como aprendiz aceitava que eu devia aprender a exercer melhor minha autoridade de professora, sem entretanto perder meu olhar humano e me tornar outra algoz dos alunos). na metade da aula, quando eu expunha o Mito da Caverna de Platão, a coordenadora entrou na sala e simplesmente passou a dar aula no meu lugar dizendo aos alunos em tom de sermão que só existia luz e trevas e que eles deviam escolher entre uma ou outra coisa enquanto eu estava explicando justamente o caminho do conhecimento de Platão e a importância de evitarmos dogmas a fim de refletirmos sobre a importância do conhecimento em nossas vidas para que pudéssemos escolher bem e que o leque disponível dentro da caverna do mito platônico era abstrato e real e que nossa percepção era fundamental para uma evolução do conhecimento em nós.O leque no dizer da coordenadora perdeu sua dimensão e tornou-se trevas (o diabo) e luz (Deus) e a minha aula foi para escanteio, porque logo bateu o sinal e os alunos saíram para o lanche. Nada falei e nem poderia afinal não queria magoá-la, logo que pude, entretanto, considerei em classe com os alunos sobre a diferença de uma linguagem dogmática e uma reflexiva. Podia até entender porque ela queria que eu modificasse minhas aulas, mas eu não podia fazer isso , haveria de encontrar uma solução para as diferenças, porque sem dúvida ela ( a coordenadora) tinha o seu valor e se não fazia melhor era porque não podia, mas por isso impor, querendo a todo custo, que eu abaixasse o nível das minhas aulas, e não adiantava lhe dizer que eu sabia o que estava fazendo, porque para ela o importante era controlar, ou seja , saber o que eu estava fazendo, mas se ela não possuía o mesmo currículo, se não nos formamos na mesma matéria, ela deveria abrir mão e não desconfiar, não é mesmo? Para o bem dos alunos, não é?Em ocasião da primeira prova bimestral de filosofia do ano de 2007, a coordenadora me obrigou a mudar o conteúdo e a forma da prova que eu havia elaborado. Eu, por minha vez seguindo a orientação da oficina pedagógica de filosofia da D.E. procurei elaborar uma prova, cuja avaliação fosse fundamentada na reflexão dos alunos sobre um texto diferentes daqueles estudados em classe mas que tivesse um conteúdo atual com reflexões a respeito de algo, dessa maneira havia escolhido para os primeiros anos um texto sobre a internacionalização da Amazônia de aproximadamente 25 linhas, e para os terceiros anos que discutiam muito em classe o papel da filosofia no ensino médio e qual o seu objetivo, escolhi um texto de conteúdo filosófico retirado dos parâmetros filosóficos estipulados por filósofos da área de educação, onde refletiam de forma abstrata, porém bem inteligível a abrangência do papel da filosofia no ensino médio. Pedi aos alunos que trouxessem dicionário e já revisava com eles explicando as etapas que uma leitura reflexiva deveria conter, quando numa reunião de HTPC a coordenadora me proibiu de aplicar as provas aos alunos e quando eu lhe disse que as provas reflexivas seriam boas, pois iriam medir o grau de reflexão dos alunos, ela me disse que era absurdo que eu utilizasse textos tão absurdamente grandes, que jamais eles iriam entender, subestimando dessa forma, ao meu ver, minha visão sobre a compreensão das classes e também aos próprios alunos e mesmo eu lhes deixando a par que a oficina pedagógica era a favor de textos para reflexão, a coordenação me fez elaborar novas provas com o conteúdo dado em sala de aula em testes. Eu fui obrigada a aceitar, fiquei, entretanto um pouco constrangida porque ela gritou quando eu tentei colocar o meu ponto de vista, usou uma autoridade que realmente me amedrontou, e foi esse o primeiro momento que eu pensei que talvez não fosse mesmo possível continuar. Mas como paralelamente a esses desencontros com a coordenação não estava havendo restrição a “minha liberdade de ação” referente aos hábitos de reciclagem que eu adotava, pois me deixavam a vontade para exigir dos funcionários e mesmo dos professores a reciclagem dos materiais utilizados por eles dentro da escola, ajudando-me a fazer os cartazes dentro da cozinha dos professores assim dávamos o exemplo aos alunos, e também não restringiam minha atuação no sentido de espalhar sementes de árvores frutíferas entre os alunos para fins de conscientização da natureza; somente o vice-diretor que escondeu atrás do botijão de gás embaixo da pia aproximadamente 50 sementes de jaca geminadas que seriam distribuídas aos alunos e mesmo sabendo que eu as procurava, pois me via perguntar sobre elas a todos funcionários, nada falava, quando finalmente eu disse que iria conversar com o diretor , foi então que o vice-diretor veio com um risinho maroto me dizer que ele havia colocado lá , quando eu as peguei estavam secas e mortas...No entanto a atenção dispensada por todos a reciclagem me alegrava e eu gostava do ambiente e pensei que eu deveria suportar determinadas exigências ao meu ver retrógradas como, por exemplo, sobre as avaliações bimestrais a fim de conseguir o possível e que isso talvez já fosse o suficiente. No entanto me dei conta que na verdade eu estava entrando no esquema de aceitação do retrógrado, na acomodação no que diz respeito ao ensino propriamente dito, ou seja, aceitando dar o mínimo em função de uma ou outra liberdade aprovada pela direção, e que eu deveria sim tentar, continuar a dar o máximo, pela cidadania futura, desses jovens tão carentes e indisciplinados!Outro aspecto importante a salientar dentro dessa respectiva unidade escolar, no que diz respeito a postura do diretor, é a real falta de uma comunicação efetiva com os pais, referente a seus filhos e não as novas cortinas para escola, ou aos doces da gincana, etc. Porque tive a experiência primeira de ser procurada na primeira reunião de pais e mestres por mães de alunos exaltadas comigo, momentos em que conversamos sobre seus filhos, meus alunos e que botamos as coisas em dia; falei sobre as minhas intenções como professora de filosofia, da minha preocupação de ensiná-los efetivamente a reflexão, para compreensão da política, para o estímulo a leitura, a arte, a visão crítica e filosófica, e que para isso eu deveria exigir alunos disciplinados, porque se eles me ouvissem eles iriam gostar da matéria, eu tinha certeza disso, porque debateríamos temas contemporâneos que eles viviam no dia a dia etc; as mães afetivas e não muito cultas, algumas até cultas entenderam que seus filhos desacostumados a terem aulas de filosofia com professores formados em filosofia(porque há falta de professores de filosofia , na verdade são raros professores de filosofia)realmente estranharam, mas que eles haveriam de perceber a importância da matéria com a minha ajuda e que seria muito bom para os seus filhos. Senti-me vitoriosa, pois esses pais haviam ido a diretoria e reclamado sobre o rigor das minhas aulas, e eu sabia que eles iriam entender a necessidade de rigor em filosofia, já que trabalhamos com a reflexão, precisaríamos acabar com a salada de asneiras e trabalhar com leituras e debates de temas escolhidos, mas para isso somente após a conscientização da importância do pensamento e o exercício diário iria destronar a “salada de asneiras”ou seja as bobagens impensadas faladas aleatoriamente pelos alunos nas aulas livres de filosofia, livres porque somente a liberdade, ao meu ver, traria a verdade do pensamento de cada um, o rigor que eu exigia era a atenção, a consciência da nossa busca nas aulas de filosofia que em última análise era a de nós mesmos. Tudo para dizer que os filhos desses pais que reclamaram sobre mim e que conversaram comigo são meus amigos, porque eu bem sei o quanto uma mãe mesmo muito simples, mas que quer o melhor para o seu filho, pode fazer pelo professor frente ao seu filho, quando ela entende o professor e aceita suas intenções ; uma mãe sem cultura por sua maturidade de vida, pelas experiências que viveu no seu papel de mãe pode mais que um pai entender o que é melhor para o seu filho. Por isso para mim foi um grande prazer conversar com essas mães que de início, eu, avisada que estava pela direção e coordenação, do risco que corria, pois me alertaram de uma suposta violência, da qual eu realmente não acreditei, pois eu sabia o que eu queria, qual era o meu objetivo com os filhos delas, meus alunos; que também como ocorreu: o fato de eu alertar sobre um ato de vandalismo como, por exemplo, do aluno que quis pular a janela do anfiteatro, que eu lhe disse para não fazer isso, pois seria um ato de vandalismo e este aluno foi dizer a sua mãe que a professora o havia chamado de vândalo; na verdade foi uma má compreensão do aluno frente a minha observação, mas não deixou de ser valida pela aprendizagem do ato e da palavra. Muito normal a má compreensão do aluno misturada com a carência afetiva: são jovens pobres com necessidades de toda espécie; agora a meu entender se a escola se preocupa em vê-los realmente, no caso a filosofia tem essa função conforme os parâmetros curriculares de filosofia, e tratá-los de acordo com a sua identidade, como gente, estimulando-o ao conhecimento, instigando-o à pesquisa, elevando-o como ser humano, encaminhando-o a sociedade, assim estará cumprindo seu papel; não importando o que veste e nem alimentando as diferenças deles entre os mais favorecidos socialmente, porque o que eu pude perceber em minhas observações foi uma ênfase no uniforme a ponto de serem interrompidas aulas após uma árdua tarefa disciplinar, a caça dos desuniformizados, os retirando da sala de aula e obrigando o professor a fiscalização dos uniformes, e o que comumente acontecia era que o aluno retornava a classe prejudicando novamente o bom andamento da aula e retirava a camiseta do uniforme, a medida que possuía outra por baixo e o professor por sua vez deveria exigir de acordo com a direção, que esse aluno ficasse com o uniforme, tarefa que aqui não preciso ressalvar extremamente difícil, principalmente porque, no meu caso não levantava essa bandeira, principalmente depois que o vice-diretor me disse numa conversa informal que os nossos alunos eram melhores que o da melhor escola particular de São Sebastião, e eu lhe perguntei porque ele achava isso e ele respondeu-me para eu dar uma olhadela no uniforme dos nossos alunos! A meu ver a uniformização não reflete a verdade e sim a mascara; o que os jovens necessitam é encontrar em si as diferenças, pois o que eu observei foi a despersonalização desses jovens, na medida em que nas minhas aulas em círculo, no auditório, todos falavam juntos e agiam somente em grupo, mais adiante porém eles iriam tomando posturas mais centradas, mais tímidos e mais verdadeiros. Em grupos faziam baderna, algazarra estimulada pelo conjunto, mas nas aulas em que fazíamos circulo aos poucos iam prosperando como seres humanos individuais e sociais... O uniforme além e fazer diferença no orçamento familiar ainda iguala todos ficando mais difícil reconhecer a individualidade de cada um como personalidade. (em construção!)
Site: www.google.com.br

sobre a cartilha de filosofia; carta enviada...


Esse texto chamou atenção, para a realidade que ele nos coloca, acredito que o autor coloca muito bem a realidade da escola de Ensino Médio em que vivenciou.
Achei importante como ele expõe a realidade dele, e que de certa forma é o retrato da nossa realidade.
Copie e colei, pois acho interessante que outras pessoas tenham a oportunidade de ler.
Não mudei uma vírgula do que estava no texto, pois o texto é de outro autor, mas é muito interessante. E se tivesse oportunidade de mudar, jamais ia acrescentar ou tirar algo, é exatamente com penso que acontece no nosso dia a dia.
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